quarta-feira, 29 de agosto de 2012

A difícil arte de mudar...

Assim que fiquei grávida, por motivos de saúde, parei de trabalhar ( como já escrevi aqui várias vezes). Depois que a minha filha nasceu, eu quis cuidar dela o tempo todo. Ela foi crescendo um pouquinho e eu relutei o máximo possível para levá-la para a escolinha. 
A grande idéia era para que eu tivesse mais tempo para mim mesma; fazer meu tratamento tranquila e descançar, visto que tenho uma ajudante apenas uma vez por semana e nos outros dias eu cuido da casa, comida e afins!rsrsr..
Muito diferente do que eu imaginava, tirando as terças e quintas, que faço aula de Teatro e terapia em BH, nos outros dias fico louca em casa enquanto a  Maria não chega da escolinha. Vou ao supermercado, sacolão, açougue, pago contas, fica zanzando, ligo pro Preto várias vezes, tudo menos descançar ou cuidar mesmo de mim.
O tratamento tô fazendo, para depois retomar minha vida profissional ( que sinceramente nem sei qual será o meu futuro nesta questão pois fiquei tão afastada do mercado de trabalho que em sei mais o que gosto nem o que quero fazer). Escrevo no blog, fuço o face, respondo e-mails, ajudo o Preto com o que ele precisa, fico buscando idéias diferentes na internet, faço planos malucos e os desfaço com a mesma facilidade, enfim... a cada dia arrumo uma “mudança” para que eu consiga fazer coisas para mim. Mas na prática mesmo, o que que realmente acontece, é que não consigo sair deste círculo. Faço o de sempre. Tenho a sensação de que não saio do lugar e talvez eu realmente não tenha saído.
Não sei se é porque ainda estou extremamente ligada a minha filha; se é medo de me distanciar dela; não sei se é pânico de enfrentar uma rotina de trabalho novamente ou de enfrentar uma possível nova área de atuação; de ter outras crises de pânico, mas...A sensação que tenho é que, por mais que eu fale, por mais atitudes que eu penso tomar para resolver essa situação mais eu me prendo a ela...